terça-feira, 13 de abril de 2010

PostHeaderIcon O Hino da PjM2010


Todas as Páscoas Jovens têm, inevitavelmente, um hino. A de Loriga não foi excepção.
Por isso aqui vos deixamos o Hino PjM2010:


segunda-feira, 5 de abril de 2010

PostHeaderIcon Páscoa Jovem de Loriga desafia jovens a construir pontes


Páscoa, ponte, passagem… Páscoa é movimento, passagem da morte para a Vida.
Treze jovens responderam ao desafio de serem construtores de pontes. Fizeram a caminhada quaresmal, inscreveram-se e aventuraram-se na Páscoa Jovem Missionária 2010, realizada na bonita vila de Loriga (Seia), situada num imenso vale,  nas entranhas do maciço central da Serra da Estrela.

O grupo dos pascoalinos era composto por três membros dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) de Águas Santas; dois do JMC de Fátima, três jovens da paróquia de Mem Martins e três da comunidade do Zambujal, paróquia da Buraca. A estes juntaram-se dois jovens da localidade acolhedora: Loriga. Da Família Consolata, como animadores da Páscoa Jovem, estavam dois sacerdotes, uma Irmã, dois seminaristas e três leigas. Entre pascoalinos e equipa animadora totalizavam 21 pessoas.

O tema que servia de chave de leitura e de reflexão para a PjM deste ano era aliciante: construir pontes. Porque - rezava o texto do convite -   “Cristo é uma ponte que une Deus aos homens e os homens a Deus”. E, cada um “deve construir pontes e ser ponte".

Com estes sentimentos, a 31 de Março, chegaram a Loriga para uma experiência que se esperava fecunda e intensa. E a Semana Santa é o ‘caldo de cultivo’ litúrgico e pastoral ideal para esse tipo de experiências espirituais.

Hospedados nas instalações da Escola que os locais amavelmente puseram à disposição para este evento, com a igreja paroquial a poucas centenas de metros, estava tudo pronto para o mergulho na PjM2010. Logo no dia da chegada, à noite, foram apresentados à comunidade local, durante a missa presidida pelo pároco, Pe. João Barroso, que deu todo o apoio à realização da PjM em Loriga e dirigiu as primeiras palavras de boas-vindas aos pascoalinos e equipa.  Na impossibilidade do filho da terra - o missionário da Consolata, Pe. Jorge Amaro - estar presente neste evento em que tanto se empenhou, o Pe. Albino Brás apresentou os visitantes à comunidade e explicou os principais motivos da presença do grupo ali, assim como o sentido da Páscoa Jovem Missionária.

Na quinta-feira, e já entrando no Tríduo Pascal, seguiu-se o ritmo das celebrações que marcam este tempo litúrgico forte. Neste sentido, tendo os jovens recebido todas as instruções necessárias: a ‘licença de construção’, a organização das equipas – engenheiros, pedreiros, ferreiros, soldadores - e todos materiais (capacete, colete reflector, lápis, metro, …) necessários para se lançarem à tarefa da “construção das pontes”, a Páscoa Jovem seguiu um ritmo intenso numa metodologia de reflexão individual e comunitária, dinâmicas, preparação e participação nas celebrações e procissões próprias da Semana Santa, atendendo às tradições da comunidade local. Tudo com muito espírito de partilha, de participação e de comunhão. Dias vividos de uma maneira tão densa e intensa que o domingo de Páscoa rapidamente se fez ver. O Pe, Maurício, que presidiu à  Eucaristia final, agradeceu à comunidade paroquial de Loriga pelo bom acolhimento e ajuda que deu: dois pascoalinos deixaram também uma mensagem final, com agradecimentos à comunidade e a promessa de voltarem. Terminava a Páscoa Jovem Missionária 2010. Cristo Ressuscitou. Aleluia! Aleluia!

Tendo em conta a avaliação feita com os pascoalinos pouco antes da partida, estes dias deixaram marcas que prometem durar. No Convívio Juvenil Missionário do próximo fim-de-semana, na manhã de domingo, dedicada à PjM’2010, os pascoalinos vão partilhar “a melhor Páscoa Jovem Missionária de sempre!” (dizem eles!) com os outros jovens que se inscreverem para este Convívio. O convite está lançado. Quem for, verá!


 
Albino Brás

domingo, 21 de março de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal 2010: Tema 5


Ser ponte para …. transformar


A outra margem
A comemorar 10 anos desde que entrou ao serviço, a Ponte Vasco da Gama conseguiu ultrapassar as polémicas envoltas na sua construção e impor-se quase como um "monumento nacional". Inicialmente pensava-se que iria ser um desastre ecológico já que passava por uma importante zona de nidificação de aves. Afinal a natureza acolheu esta construção que hoje já faz parte integrante do ambiente.
A Ponte Vasco da Gama foi uma passagem para o desenvolvimento aplaudido pelos municípios de Montijo e Alcochete, mas abriu caminho ao desordenamento do território, na visão dos ambientalistas que mantêm algumas das críticas de há dez anos.

História da Arquitectura
“...Mas o ferro era corrosivo e não era forte o suficiente para atender as necessidades da Revolução Industrial. A solução surgiu em 1855, quando Henry Bessemer patenteou um novo tipo de fornalha que permitia a produção de aço (transformação do ferro, obtido em fusão com liga de carbono) em escala industrial. Pouco depois, em 1870, começou a construção da Brooklin Bridge, a primeira ponte no mundo feita de aço. Na época, era também a maior de todas as pontes suspensas: 50% mais longa do que as que já existiam. Desde então, o aço passou a ser um dos materiais mais usados na construção de grandes pontes.”

A ligação
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

O processo de construção
Uma ponte que transformou a vida das pessoas e até da própria Natureza.
Um metal (ferro) que é transformado para dar origem ao material mais usado na construção de grandes pontes - o aço.
Um Jesus (Deus) que ao tocar, ao ficar em silêncio, questiona, transforma a vida de todos; desde os que se foram embora até à vida daquela mulher.
Um perdão que só é transformador se for autêntico e ao estilo do perdão de Jesus.
Um Jesus que se enche de compaixão por uma mulher, que não a condena pelos erros, mas que lhe aponta novos caminhos, exigentes.

Esta passagem, foi durante muitos anos “arrancada” do Evangelho. As comunidades temiam que este “Não te condeno” de Jesus poderia legitimar muitas práticas de pecado entre as pessoas. Actualmente, também somos tentados a aceitar tudo de modo natural, a ser “mente aberta” como a sociedade é. Efectivamente Jesus olha para os excluídos, olha para os marginalizados, não passa ao lado, não lhe aponta o dedo, nem os apedreja, mas mostra-lhe um caminho diferente, propõe-lhe uma vida transformada e transformadora.

A vida nova daquela mulher começou com o perdão de Jesus. Também nós somos convidados a perdoar, um perdão que não é uma dádiva nossa aos outros, mas sim dádiva de Deus.
E já pensaste bem nesse acto de perdoar?
Ao perdoar, recuperamos o nosso poder de escolha e a nossa liberdade. Não importa se o outro merece perdão; importa que nós merecemos ser livres. Perdoar não é libertar a outra pessoa é, isso sim, tirar o punhal que espetaram nas nossas próprias costas.

A passagem
1 - Acho que tudo é permitido? Será que já pensei a sério na exigência de vida que Jesus nos propõe?
2 - Uma ponte transforma a vida das pessoas e da própria Natureza. Eu sou ponte para quê? Para condenar e atirar pedras? Para dar a mão? Para fazer sair do outro o melhor dele?
3 - O ferro deixa-se transformar para se tornar em utilidade para todos. O encontro com Jesus tem de ser algo transformador, tem de passar por um olhar verdadeiro sobre o que sou e o que faço e tem que exigir um compromisso de mudança. A que me comprometo?
4 - Será que já experimentei na minha vida esta experiência de perdão? Conta esse momento.

Nota: Para participares na Caminhada Quaresmal basta enviar a tua reflexão para o mail da PjM. Se queres participar na PjM2010 tens de te inscrever primeiro.


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domingo, 14 de março de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal 2010: Tema 4


Construindo a ponte do perdão…
A outra margem

Construindo pontes…
Porque sou curiosa, e como o saber não ocupa lugar, perguntei a um amigo meu que é engenheiro civil, como se construía uma ponte. Ele, gentilmente explicou-me…


“Ok! Vamos lá a ver, uma ponte de suspensão como é que se constrói?!
1- Construir os pilares: os pilares vão suportar os cabos, e é por onde passa o tabuleiro.
2- Passam-se os cabos de uma ponta à outra. E estes cabos têm que ser ancorados nas margens a rocha sólida ou a algo extremamente rígido.
3- Depois de os cabos principais passarem por cima dos pilares, são suspensos cabos na vertical que servirão para segurar o tabuleiro.
4- Com gruas e barcos especiais com gruas, as várias partes do tabuleiro são colocadas no sítio, e presas aos cabos verticais que vão suportar todo o peso.
5- Para adicionar rigidez ao tabuleiro, uma estrutura de aço ou cabos de aço, são colocados por baixo, de modo a ficar uma peça única.
6- Por último é só colocar os postes de luz, decoração pintar e já está!

E tinhas perguntado com se dimensiona tudo isto? Bem…

Vamos dimensionar:
1- Decides onde queres que a tua ponte passe, o tamanho dela (numero de vias, pilares, etc.) e que tipos de materiais vais usar. Isso permite que faças um cálculo geométrico do peso da ponte.
2- Analisas que tipo de carregamento vai estar sujeita a tua ponte (volume de transito, camiões, comboio, peões, etc). Calculas em que a situação está maximizada, tens um novo valor que somas ao primeiro.
3- Adicionas a força do vento, uma das forças mais perigosas numa ponte. Este valor normalmente é calculado como a pressão por m2, que depois pode ser convertido para um peso. E como é uma força lateral, a pontes e tal como os arranha-céus, para resistirem a esta força não podem ser 100% rígidos têm que poder "absorver" e "baloiçar" senão partem.
4- Adicionas a força de sismos, carregamento de neve, chuva e um coeficiente de segurança de acordo com o desgaste esperado para o material: devido ao tráfego, o CO2 que vai atacar o material da ponte, devido a água salgada, os cloretos que vão iniciar a corrosão do aço.
5- Somas tudo e tens a força máxima que os cabos e pilares têm que suportar. A partir daí podes calcular o número de fios de aço que irão constituir essa ponte, o tamanho e numero de ligações que deverão ter as varias peças.

Meu Deus… Como é difícil construir uma ponte!

A ligação
EVANGELHO Lc 15, 1-3.11-32

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Construindo
Mais do que uma ligação, uma ponte é uma passagem, que permite fácil acesso um ponto que, de outra forma seria inacessível…

Neste domingo, Jesus propõe-nos a construção de uma ponte em concreto: a ponte do perdão.
Quando lemos este texto, percebemos o quanto pode ser grande o Amor do Pai, desde que, construamos uma ponte para O alcançar, passando por cima do maior obstáculo que nos separa do Pai, nós próprios.

Como vimos no primeiro texto, construir uma ponte é um trabalho exaustivo, que deve partir de uma cuidadosa preparação, pensando em tudo ao mais pequeno detalhe, desde o lugar dos pilares (algo fundamental numa ponte!), até ao número de parafusos!
Por um parafuso em falta, pode cair uma ponte! É incrivelmente verdade!

O mesmo se passa dentro de nós. Apesar de o Pai, esperar por nós para nos acolher, a ponte do perdão é algo que construímos para atravessar um obstáculo interior que nós vivemos ou sentimos. Ao contrário do que possa parecer, quem tem que percorrer e construir essa ponte, não é a pessoa que magoámos, mas nós próprios!

E mesmo sendo duro e difícil construir essa ponte, se queremos voltar a cair nos braços ternos do Pai, temos que construir em nós a ponte do perdão, e atravessá-la para voltarmos finalmente a estar completos!


A passagem
Vamos construir uma ponte?
1- Projectando a tua ponte:
Onde assentam os pilares da tua vida? Quais os cabos que usas para “suportar o peso do tabuleiro”? Que método ou regra de vida vais usar para construíres a tua ponte?

2- Dimensionando a tua ponte…
Cálculo do tamanho: a que distância está a “outra margem”, que é Deus?
Cálculo do peso: a que forças estará sujeita a tua ponte? Como é o teu “vento interior”, que sismos, que “condições atmosféricas” interiores tens que ter em consideração? Que coisas poderão degradar a tua ponte?
Que materiais necessitas então, para construir uma ponte do perdão resistente e forte?


Bom trabalho e boa travessia!
Agradecimentos especiais ao Helder Silva, engenheiro civil e paciente amigo!

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domingo, 7 de março de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal 2010: Tema 3


Ser Ponte para…DESABAR
A outra margem…
Ponte centenária vai desaparecer.
Demolição é o destino mais provável depois do colapso parcial na Ribeira Brava - Madeira
Apesar da ainda não ser um dado adquirido, tudo indicia que a centenária ponte da Ribeira Brava, localizada quase defronte da igreja matriz, vai mesmo desaparecer. É o próprio presidente da Câmara Municipal a admitir o provável desfecho da emblemática ponte que outrora era a única acessibilidade para a costa Sudoeste da Ilha, na sequência dos danos que a velha estrutura sofreu com a aluvião, no passado dia 20 de Fevereiro.

"De momento há outras preocupações mais prementes", começou por sublinhar Ismael Fernandes que, contudo, já aponta para a demolição daquilo que sobrou da ponte antiga. "Penso que não haverá hipótese de recuperá-la", admitiu, aludindo à dimensão dos estragos causados pelo forte caudal da ribeira. Remete contudo a decisão a ser tomada para uma avaliação mais aprofundada, antes de decretar o veredicto. "Quando for a altura certa para decidir, com certeza que vamos ponderar a melhor solução para esse caso", concluiu.
A emblemática ponte antiga, que até o fatídico sábado apresentava um bom estado de conservação, era um dos ícones da vila da Ribeira Brava que viajava por esse mundo fora nos inúmeros postais e fotografias que eram tiradas da frente mar na direcção do vale.
Depois de muito aguentar com a forte pressão exercida pelo caudal da ribeira, que inclusive chegou a transbordar nesta zona da ponte, a estrutura acabou por ceder. Ficou parcialmente destruída.
Porém, os técnicos têm andado estes dias mais preocupados com o repor das condutas de água potável e de saneamento básico, que foram igualmente arrancadas pela voracidade da enxurrada.
Fonte: http://www.netmadeira.com/noticias/madeira/2010/3/2/ponte-centenaria-vai-desaparecer

A ligação…
Evangelho segundo S. Lucas 13, 1-9
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.» Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: «Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?» Mas o vinhateiro respondeu-lhe: «Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ei cortar no próximo ano.»

O processo de construção…
Tudo perece. Até a ponte mais resistente cai.
Depois de uma centena de anos a ligar margens, a Ponte da Ribeira Brava - Madeira, não resiste à força das águas.
Também as certezas, que vamos acumulando ao longo da nossa vida, são muitas vezes postas à prova. Algumas até são importantes que caiam, já não estão lá a fazer nada, são pontos vulneráveis de toda a nossa estrutura. Aquilo que em nós já dificulta a ligação com os outros, deve cair. Jesus é radical: a árvore que não dá fruto deve ser cortada. Poderíamos estender a parábola para a ponte: a PONTE que não liga margens, deve ser deitada a baixo.

Esta semana Jesus, convida-te a repensares, os teus cálculos, as tuas certezas no sentido de fazer crescer em ti, novas PONTES para o outro.
Quando assim é… é preciso começar de novo e aí, entra o serralheiro. O serralheiro civil, constrói estruturas metálicas internas (o esqueleto) para a ponte de betão. Interpreta desenhos e outros esquemas técnicos, realiza operações de corte, em chapas de aço e tubos, a quente ou a frio. Procede a ligações, que são feitas por rebitagem, por aparafusamento ou soldadura e efectua tratamentos térmicos em ferramentas e peças.
Esta estrutura metálica tem a finalidade de resistir aos esforços longitudinais, transversais, horizontais de uma edificação nos seus usos mais comuns e nas situações mais críticas, como sejam sismos, inundações,…
Esses esforços são transmitidos para as fundações.

A passagem…
1 – Em que estado está a ponte de ligação entre MIM e o OUTRO?
2 – O que é que em MIM precisa de desabar para ser uma nova PONTE de ligação entre margens? O que é que precisa de ser reconstruído?
3 – Onde alicerço a minha estrutura metálica?

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domingo, 28 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal 2010: Tema 2


Ser Ponte… para descobrir
A outra margem…
Memória Descritiva e Justificativa
O Presente projecto tem como objectivo a concepção de uma ponte pedonal que liga as margens do rio Douro, junto à ponte Luiz I, no local da antiga ponte Pênsil, aproveitando os pilares já existentes.
O enquadramento histórico é, neste caso, muito importante, na medida em que a localização pretendida para a ponte em projecto é coincidente com a da antiga ponte pênsil. (…)

Do lado do Porto, a preparação da margem inclui a demolição da plataforma existente em frente às torres, bem como das respectivas escadas de acesso. Assim, é libertado o espaço necessário para a construção do apoio do tabuleiro da nova ponte.
Do lado de Gaia é necessária a construção de duas torres em betão armado, de 18m de altura e de secção quadrada com 2 m de largura, afastadas entre si de 4m. No topo são instaladas selas iguais às que se prevêem para as torres da margem do Porto. As torres são também ligadas entre si por uma travessa no seu topo constituída por um perfil metálico em “H”, que reproduz a que existia na antiga ponte pênsil. (…)
Esta é uma obra “transparente” que pretende fazer parte do quotidiano dos utilizadores das ribeiras do Porto e Gaia. Esta ponte pretende ser invisível para quem a observa de longe mas marcante para quem a atravessa. Deve ser uma ponte em que o próprio acto de a atravessar ou utilizar é bem mais do que um meio para chegar a um fim, mas uma experiência diferente e agradável.
A solução proposta é o resultado de um processo evolutivo, que teve várias fases, (…) a estrutura correspondente à solução proposta é a reunião dos pontos fortes de outras estruturas ensaiadas, tendo sido adoptados pendurais verticais, pelo seu comportamento estático, e pendurais inclinados, pela melhoria no comportamento dinâmico. (…)
(“Reconstrução da Ponte Pênsil – Prémio Secil Universidades, Engenharia Civil 2006” in http://www.alvaroazevedo.com/pensil/doc/Pensil_Memoria_Descritiva_e_Justificativa.pdf)

A Ligação…
Evangelho segundo S. Lucas 9, 28b-36
Naquele Tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspecto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “ Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias.” Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com uma sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem. Da nuvem saiu uma voz, que dizia: “Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O.” Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio.

O Processo de construção…
Todos os construtores antes de iniciar uma obra, necessitam de realizar um projecto, onde avaliam diversas questões como, as condições do terreno, os materiais a usar, técnicas, entre outros, para então conseguirem alicerçar bem a sua obra de forma e atingirem o objectivo final: a realização de uma obra “firmita, utilitas, venustas” (firme, cómoda (no sentido de funcional) e bonita), conforme a teoria de Vitrúvio, escritor, arquitecto e engenheiro romano, do Sec. I aC.    
Podemos comparar o construtor de uma obra, enquanto engenheiro/arquitecto desta, ao próprio Jesus, que desconhecendo inicialmente o projecto de vida que o Pai tinha para si, sente necessidade de orar e entrar em plena consonância com Deus. Assim, também o construtor antes de deitar “mãos à obra” tem de parar, pensar e realizar um projecto que, tal como a memória descritiva apresentada diz, não é inicialmente perfeito mas vai evoluindo, através de estudos e ensaios, até ser o projecto tal como deve ser empreendido. Nesse momento, da mesma forma que acontece com Jesus, como símbolo que se encontra plenamente ligado a Deus, o construtor também altera o “seu aspecto”, quando descobre a solução da obra a empreender.
Jesus desce do monte fortalecido pela oração e capacitado para empreender a sua vida, mesmo que esta se mostre dolorosa, tal como o construtor se sente habilitado pelo seu projecto para o pôr em prática.

A  Passagem…
Propomos-te que, esta semana, subas à montanha com Jesus e descubras os planos de Deus para ti.
- Qual a construção/obra que sentes que Jesus te chama hoje a realizar?
- Como a vais empreender?
- Quanto tempo da tua vida lhe dedicas e que importância ela tem para ti?

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal 2010: Tema 1


Ser ponte para… LIGAR PESSOAS
A outra margem…
“Trago uma triste notícia. Acabou de morrer uma pessoa! Caiu ao rio!” – era a notícia que se tinha espalhado pela aldeia.
O furacão tinha passado e as chuvas torrenciais tinham destruído a única passagem que ligava as duas populações. Era uma notícia grave. Naquele momento, as pessoas de Mujavangue e as pessoas de Mapinhane tinham ficado separadas entre si. A natureza acabava de criar um rio de 60 metros de caudal, rio esse, até aí inexistente. O povo de Mujavangue já não tinha transporte para a vila. As crianças deixaram de poder ir à escola. Os agricultores não conseguiam ir trabalhar para os seus campos de cultivo. As mulheres não conseguiam atravessar para a outra margem para irem bombar água do furo para os seus cântaros. Os comerciantes não conseguiam atravessar para vender o peixe e os cocos no mercado local.
Mas chegou o dia em que um missionário pensou para si mesmo e disse “não posso continuar a ver estas duas aldeias separadas, as crianças sem irem para a escola, as pessoas sem irem para os campos de cultivo” e chamou por ajuda.
Chegaram homens que conheciam a forma de projectar uma ponte, de fazer a ligação entre duas margens e começaram uma obra. Juntaram pedras, procuraram areia de boa qualidade, trouxeram cimento e puseram-se ao trabalho. No local a pedra era calcária e semi-dura; então os pedreiros tiveram de ir mais longe procurar pedra mais escura e rica em ferro. Queriam pedra mais sólida. Uniram as pedras com uma mistura de cimento e areia numa proporção de 1 para 4. Sabiam que essa mistura de pedras e cimento tinha de ser bem conseguida, pois a areia em excesso iria retirar solidez, assim como o cimento em excesso iria abrir fendas e quebrar.
Passaram longos meses, talvez mais de um ano e estes empenhados pedreiros edificaram uma ponte que fez a maior alegria para as pessoas da aldeia – uniram os povos de Mujavangue e Mapinhane, uniram as famílias que estavam separadas, ligaram a aldeia à Vila onde passava a Estrada Nacional… e a partir dessa obra, a separação inicial deu lugar à união.
(nota importante: esta história é verídica e teve lugar em Moçambique)

A ligação…
Evangelho segundo S. Lucas 4,1-13.
Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.

O processo de construção…
A Quaresma é o processo de construção dos alicerces para a festa da Páscoa. É o tempo propício para projectar o compromisso que queremos abraçar nestes 40 dias. Há que juntar as pedras. Procurar um bom fornecedor de cimento. Inspeccionar o local de onde podemos tirar areia de boa qualidade. E fazer um estudo topográfico do local onde posicionar os alicerces.

No entanto, o pedreiro que constrói uma ponte, é confrontado com tentações que podem alterar a qualidade da obra.

A tentação de comprar material barato, que pode fazer ruir a construção, pode assemelhar-se à tentação de fechar-me em mim mesmo e não olhar para as outras pessoas que me cercam.

A tentação de procurar pedras que não sejam ricas em ferro, que se podem partir e transformarem-se em areia, equivale à nossa tentação de procurar apenas relações superficiais: através da net, ser amigo só dos amigos, ser um jovem com a cabeça cheia de pensamentos egoístas e consumistas, que só pensa no “prazer próprio”.

Na construção de uma ponte, o pedreiro deve fazer a ligação de todos os materiais em proporções rigorosas, caso contrário, a construção irá abrir fendas ou desmoronar-se. A tentação de não aceitar os outros como são, de os tratar como um simples objecto de consumo e prazer pessoal, esquecendo a sua parte humana, fará de mim um ser humano sem solidez que se irá desmoronar, abrir fendas e, no fim, ruir.

A passagem…
Para te ajudar a reflectir:
1- Os materiais (pedra, cimento, areia) são a base para uma boa construção. O que consideras que é importante fazer para construir os alicerces da tua Quaresma, que começa agora?
2- Quais as fendas e mal-formações que encontras na tua personalidade, que te impedem de olhar para Deus e para as pessoas que vivem na tua escola, na tua família, no teu grupo?
3- A atitude do missionário é concreta e vai de encontro à necessidade do outro. Quando ele vê o que se passa naquelas duas aldeias, ele traça um plano. Analisa como estás a viver e traça um plano de acção para edificares o teu compromisso para esta Quaresma. Que compromissos em concreto queres assumir?

Nota: Para participares na Caminhada Quaresmal basta enviar a tua reflexão para o mail da PjM. Se queres participar na PjM2010 tens de te inscrever primeiro.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Caminhada Quaresmal: Início oficial


Olá, olá!
Agora sim! Entrámos oficialmente na Quaresma, tempo para nos prepararmos para a Páscoa do Senhor, para reflectirmos sobre o grande acto de amor que Jesus ofereceu a todos os homens: a Sua própria Vida.

E como já deves saber, no próximo Domingo vai ser lançado o primeiro desafio para te preparares durante esta época quaresmal.

Para tal, apenas precisas de responder àquilo que te for proposto (aqui no blogue) em cada Domingo da Quaresma. Basta seguires cada passo de cada caminhada e, depois, enviar as tuas respostas para pjmissionaria[@rroba]gmail.com.

E assim terás a tua “licença de construção” para a Páscoa de Loriga!!!

Até breve!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Inicio da caminhada quaresmal


Olá malta!

É certo que vos apanho ainda em ambiente carnavalesco mas ide já ficando com a mosca atrás da orelha. Ao Carnaval sucede-se a Quaresma, e à Quaresma a Páscoa Jovem precedida da Caminhada Quaresmal que se divide em tantas etapas quantos Domingos tem a Quaresma.

Neste ano de 2010, declarado ano sacerdotal pelo Papa Bento XVI, queremos dar especial ênfase à vocação sacerdotal vista nas suas duas vertentes: a comum dos fieis (todos somos, desde o Baptismo, sacerdotes, profetas e reis) e a ministerial, ou seja o sacramento da ordem.

À diferença das outras pessoas, em certo sentido, o sacerdote não tem vida própria e pessoal, daí não constituir família; é uma ponte que une Deus aos homens e os homens a Deus; lugar de passagem por onde Deus chega aos homens e os homens chegam a Deus.

Os Romanos inventaram as pontes, por isso o titulo do Imperador de Roma era “Pontifex Maximus”  - O Supremo engenheiro de pontes. Este titulo é hoje usado pelo Bispo de Roma, o Papa, e é dado muito antes disso a Cristo na carta aos Hebreus (4,14). Cristo ao ser Deus e homem é a perfeita conexão entre Deus e os homens. Por Cristo e em Cristo passa a humanidade para Deus, pois Ele é o caminho, a verdade e vida…

Tal como Cristo, nós, os seguidores da sua obra, devemos construir pontes e ser pontes dos homens para Deus e entre os homens. Quando somos missionários estamos a ser pontes entre culturas; quando mediamos num conflito e somos pacificadores estamos a ser uma ponte de união entre as partes divididas pelo fosso da discórdia.. Há muitas formas de ser pontes, nesta Páscoa vamos descobrir algumas. Uma ponte é um lugar de passagem e Páscoa significa isso mesmo: passagem.

P. Jorge Amaro, IMC

Para participares nesta Páscoa Jovem inscreve-te AQUI.

Nota: As inscrições destinam-se apenas a quem quer participar na PjM2010. Todos podem participar na Caminhada, os temas vão ser disponibilizados aqui no blogue logo não é necessária inscrição.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Páscoa Jovem Missionária 2010



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PostHeaderIcon Inscrição PjM2010



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Páscoa Jovem

Este é um blog sobre a Páscoa Jovem Missionária que se realiza todos os anos, organizada pelos Missionários da Consolata.

Aqui vais encontrar todos os temas de reflexão da Caminhada Quaresmal assim como os comentários, reflexões, fotos e tudo mais.

Enfim, este pretende ser o Diário de Bordo de todos quantos acompanham esta aventura 'diferente'.

Não hesites em contactar-nos para: pjmissionaria@gmail.com

Relax

Queres ser construtor de pontes?
↓ Treina aqui ↓