domingo, 21 de fevereiro de 2010
Caminhada Quaresmal 2010: Tema 1
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Ser ponte para… LIGAR PESSOAS
A outra margem…
“Trago uma triste notícia. Acabou de morrer uma pessoa! Caiu ao rio!” – era a notícia que se tinha espalhado pela aldeia.
O furacão tinha passado e as chuvas torrenciais tinham destruído a única passagem que ligava as duas populações. Era uma notícia grave. Naquele momento, as pessoas de Mujavangue e as pessoas de Mapinhane tinham ficado separadas entre si. A natureza acabava de criar um rio de 60 metros de caudal, rio esse, até aí inexistente. O povo de Mujavangue já não tinha transporte para a vila. As crianças deixaram de poder ir à escola. Os agricultores não conseguiam ir trabalhar para os seus campos de cultivo. As mulheres não conseguiam atravessar para a outra margem para irem bombar água do furo para os seus cântaros. Os comerciantes não conseguiam atravessar para vender o peixe e os cocos no mercado local.
Mas chegou o dia em que um missionário pensou para si mesmo e disse “não posso continuar a ver estas duas aldeias separadas, as crianças sem irem para a escola, as pessoas sem irem para os campos de cultivo” e chamou por ajuda.
Chegaram homens que conheciam a forma de projectar uma ponte, de fazer a ligação entre duas margens e começaram uma obra. Juntaram pedras, procuraram areia de boa qualidade, trouxeram cimento e puseram-se ao trabalho. No local a pedra era calcária e semi-dura; então os pedreiros tiveram de ir mais longe procurar pedra mais escura e rica em ferro. Queriam pedra mais sólida. Uniram as pedras com uma mistura de cimento e areia numa proporção de 1 para 4. Sabiam que essa mistura de pedras e cimento tinha de ser bem conseguida, pois a areia em excesso iria retirar solidez, assim como o cimento em excesso iria abrir fendas e quebrar.
Passaram longos meses, talvez mais de um ano e estes empenhados pedreiros edificaram uma ponte que fez a maior alegria para as pessoas da aldeia – uniram os povos de Mujavangue e Mapinhane, uniram as famílias que estavam separadas, ligaram a aldeia à Vila onde passava a Estrada Nacional… e a partir dessa obra, a separação inicial deu lugar à união.
(nota importante: esta história é verídica e teve lugar em Moçambique)
O furacão tinha passado e as chuvas torrenciais tinham destruído a única passagem que ligava as duas populações. Era uma notícia grave. Naquele momento, as pessoas de Mujavangue e as pessoas de Mapinhane tinham ficado separadas entre si. A natureza acabava de criar um rio de 60 metros de caudal, rio esse, até aí inexistente. O povo de Mujavangue já não tinha transporte para a vila. As crianças deixaram de poder ir à escola. Os agricultores não conseguiam ir trabalhar para os seus campos de cultivo. As mulheres não conseguiam atravessar para a outra margem para irem bombar água do furo para os seus cântaros. Os comerciantes não conseguiam atravessar para vender o peixe e os cocos no mercado local.
Mas chegou o dia em que um missionário pensou para si mesmo e disse “não posso continuar a ver estas duas aldeias separadas, as crianças sem irem para a escola, as pessoas sem irem para os campos de cultivo” e chamou por ajuda.
Chegaram homens que conheciam a forma de projectar uma ponte, de fazer a ligação entre duas margens e começaram uma obra. Juntaram pedras, procuraram areia de boa qualidade, trouxeram cimento e puseram-se ao trabalho. No local a pedra era calcária e semi-dura; então os pedreiros tiveram de ir mais longe procurar pedra mais escura e rica em ferro. Queriam pedra mais sólida. Uniram as pedras com uma mistura de cimento e areia numa proporção de 1 para 4. Sabiam que essa mistura de pedras e cimento tinha de ser bem conseguida, pois a areia em excesso iria retirar solidez, assim como o cimento em excesso iria abrir fendas e quebrar.
Passaram longos meses, talvez mais de um ano e estes empenhados pedreiros edificaram uma ponte que fez a maior alegria para as pessoas da aldeia – uniram os povos de Mujavangue e Mapinhane, uniram as famílias que estavam separadas, ligaram a aldeia à Vila onde passava a Estrada Nacional… e a partir dessa obra, a separação inicial deu lugar à união.
(nota importante: esta história é verídica e teve lugar em Moçambique)
A ligação…
Evangelho segundo S. Lucas 4,1-13.
Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.
O processo de construção…
A Quaresma é o processo de construção dos alicerces para a festa da Páscoa. É o tempo propício para projectar o compromisso que queremos abraçar nestes 40 dias. Há que juntar as pedras. Procurar um bom fornecedor de cimento. Inspeccionar o local de onde podemos tirar areia de boa qualidade. E fazer um estudo topográfico do local onde posicionar os alicerces.
No entanto, o pedreiro que constrói uma ponte, é confrontado com tentações que podem alterar a qualidade da obra.
A tentação de comprar material barato, que pode fazer ruir a construção, pode assemelhar-se à tentação de fechar-me em mim mesmo e não olhar para as outras pessoas que me cercam.
A tentação de procurar pedras que não sejam ricas em ferro, que se podem partir e transformarem-se em areia, equivale à nossa tentação de procurar apenas relações superficiais: através da net, ser amigo só dos amigos, ser um jovem com a cabeça cheia de pensamentos egoístas e consumistas, que só pensa no “prazer próprio”.
Na construção de uma ponte, o pedreiro deve fazer a ligação de todos os materiais em proporções rigorosas, caso contrário, a construção irá abrir fendas ou desmoronar-se. A tentação de não aceitar os outros como são, de os tratar como um simples objecto de consumo e prazer pessoal, esquecendo a sua parte humana, fará de mim um ser humano sem solidez que se irá desmoronar, abrir fendas e, no fim, ruir.
A passagem…
Para te ajudar a reflectir:
1- Os materiais (pedra, cimento, areia) são a base para uma boa construção. O que consideras que é importante fazer para construir os alicerces da tua Quaresma, que começa agora?
2- Quais as fendas e mal-formações que encontras na tua personalidade, que te impedem de olhar para Deus e para as pessoas que vivem na tua escola, na tua família, no teu grupo?
3- A atitude do missionário é concreta e vai de encontro à necessidade do outro. Quando ele vê o que se passa naquelas duas aldeias, ele traça um plano. Analisa como estás a viver e traça um plano de acção para edificares o teu compromisso para esta Quaresma. Que compromissos em concreto queres assumir?
Nota: Para participares na Caminhada Quaresmal basta enviar a tua reflexão para o mail da PjM. Se queres participar na PjM2010 tens de te inscrever primeiro.
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Evangelho segundo S. Lucas 4,1-13.
Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.
O processo de construção…
A Quaresma é o processo de construção dos alicerces para a festa da Páscoa. É o tempo propício para projectar o compromisso que queremos abraçar nestes 40 dias. Há que juntar as pedras. Procurar um bom fornecedor de cimento. Inspeccionar o local de onde podemos tirar areia de boa qualidade. E fazer um estudo topográfico do local onde posicionar os alicerces.
No entanto, o pedreiro que constrói uma ponte, é confrontado com tentações que podem alterar a qualidade da obra.
A tentação de comprar material barato, que pode fazer ruir a construção, pode assemelhar-se à tentação de fechar-me em mim mesmo e não olhar para as outras pessoas que me cercam.
A tentação de procurar pedras que não sejam ricas em ferro, que se podem partir e transformarem-se em areia, equivale à nossa tentação de procurar apenas relações superficiais: através da net, ser amigo só dos amigos, ser um jovem com a cabeça cheia de pensamentos egoístas e consumistas, que só pensa no “prazer próprio”.
Na construção de uma ponte, o pedreiro deve fazer a ligação de todos os materiais em proporções rigorosas, caso contrário, a construção irá abrir fendas ou desmoronar-se. A tentação de não aceitar os outros como são, de os tratar como um simples objecto de consumo e prazer pessoal, esquecendo a sua parte humana, fará de mim um ser humano sem solidez que se irá desmoronar, abrir fendas e, no fim, ruir.
A passagem…
Para te ajudar a reflectir:
1- Os materiais (pedra, cimento, areia) são a base para uma boa construção. O que consideras que é importante fazer para construir os alicerces da tua Quaresma, que começa agora?
2- Quais as fendas e mal-formações que encontras na tua personalidade, que te impedem de olhar para Deus e para as pessoas que vivem na tua escola, na tua família, no teu grupo?
3- A atitude do missionário é concreta e vai de encontro à necessidade do outro. Quando ele vê o que se passa naquelas duas aldeias, ele traça um plano. Analisa como estás a viver e traça um plano de acção para edificares o teu compromisso para esta Quaresma. Que compromissos em concreto queres assumir?
Nota: Para participares na Caminhada Quaresmal basta enviar a tua reflexão para o mail da PjM. Se queres participar na PjM2010 tens de te inscrever primeiro.
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Caminhada Quaresmal 2010: Tema 1
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